Disseram-me: seu pai morreu
Não se preocupe
Os seus ossos já descansam na terra.
Ainda bem que quando o homem morre
A sua filosofia fica para as próximas gerações.
A saudade permanece por muito pouco tempo.
Mas a lembrança fica e perdura para sempre.
Quando meu pai morreu
O país ainda estava sob a ditadura militar.
As mulheres já tinham renegado o soutien.
E a televisão não queria a tarja preta da censura.
A minha mãe, que morreu num domingo
E foi sepultada em um túmulo de mármore
Nunca foi libertária ou feminista
Apenas uma mulher muito prendada e resolvida.
E tinha o maior prazer de comemorar em julho
O seu aniversário para celebrar a vida.
1 de julho de 2008
Julho
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
15:05
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1 comentários:
ı liked your blog very much
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