a casa onde nasci
era de esquina e amarela,
o reboco a cal
e a rua de terra.
eu sei que a poesia
só recupera os restos,
as cores e os gritos;
a intensidade da paixão, não!
a poesia não é como os elefantes,
não tem memória;
sabe dos passos,
das pernas e dos pés;
mas não sabe o caminho.
as estrelas nascem
todos os dias
por isso não precisam
de memória
já sabem o caminho a percorrer –
o infinito.
eu olho para o céu
e só enxergo a claridade
e a lonjura das estrelas.
2 de agosto de 2011
As estrelas e eu
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
18:12
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