pássaros que migram
escrevem, nas nuvens,
cartas que nunca serão lidas
31 de janeiro de 2012
30 de janeiro de 2012
haicais
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
07:45
14 de janeiro de 2012
Depositário fiel
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
07:29
Mário Sturzeneker
(in memorium)
(in memorium)
ainda ouço a voz
da minha mãe afirmando
quão formoso e nobre
era a sua descendência
moraram na mesma vila
erguida à margem direita do rio doce
lembro-me o dia
em que fora nomeado
depositário de bens de outrem
a lista dos objetos arrestados
era detalhada e comprida
mas não comparava
com a riqueza que acumulara
em sua própria casa.
o seu lar parecia um jardim
que as colinas de Hermon,
ou as terras distantes das Índias
não possuíam
a sua alma se derretia
quando falava de suas filhas
e de sua amada esposa.
o seu tesouro precioso era
as luísas, as lúcias e as anas
o seu rosto parecia
selado com labaredas de fogo
e com a dureza de mármore carrara
10 de janeiro de 2012
7 de janeiro de 2012
Frutos quase doces
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
08:47
5 de janeiro de 2012
haicais
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
16:49
sol e chuva no céu
casamento de viúva
e a igreja inundada
primeiro, aparecem os raios;
só depois, muito depois
se escutam os trovões
Está lá longe.
Só escutei o eco
da chuva e dos trovões
e a igreja inundada
primeiro, aparecem os raios;
só depois, muito depois
se escutam os trovões
Está lá longe.
Só escutei o eco
da chuva e dos trovões
a chuva
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
07:49
4 de janeiro de 2012
pranteia
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
11:03
O rio Arrudas, em Belo Horizonte (MG)
cidade alagada
vento frio
umidade no ar
goteira no telhado
calçada invadida
ruas molhadas
o céu em pranto
faz a fúria
das águas barrentas
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