as horas vívidas
nas lembranças do passado
não mudam a minha história
apenas é o preço pago
para manter intangíveis
no presente as coisas visíveis
25 de outubro de 2013
24 de outubro de 2013
14 de outubro de 2013
passou depressa sim!
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
20:01
para o meu amigo e conterrâneo Costinha
nunca se esqueça de mim, nunca!
a vida passou depressa sim!
quando éramos jovens estudantis
e ávidos de desejos e de sonhos
tudo concorria para o nosso bem
tudo era tão saboroso e doce
que as noites quentes morriam nos nossos braços
e a lua cheia beijava os nossos pés
tudo era simples, claro e luminoso
até a praça era o epicentro
das ilusões e das paixões
que rondavam os nossos corações
as moças recatadas, só essas,
embalavam nosso casto universo incandescente
como as flores de aço e de fogo
do jardim das palmeiras imperiais da cidade
sabíamos sim, e como sabíamos!
que tudo nesta vida tem um fim!
a tabuada,aprendíamos bem depressa;
a gramática, só na sala de aula;
e a geografia, era sabatinada
nas esquinas da rua torta
muitos amigos desse tempo se foram
ficaram fora do combinado;
outros, e muitos outros, ainda estão por aí
meu amigo e conterrâneo
nunca se esqueça de mim, nunca!
a vida passou depressa sim!
daquele jardim da praça da matriz
não sobrou nada, ou, quase nada mesmo,
até o viveiro de pássaros sumiu
só vingou aquela rosa que desabrochou
no seu infante e cativo coração;
essa, eu sei, deu frutos, e muitos frutos
11 de outubro de 2013
superfície
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
17:40
meu tempo pesa
sob a minha juventude,
não há leveza
no meu corpo cansado
o que me mantém
à superfície
é um pouco de memória
e muita saudade
6 de outubro de 2013
saudade e nostalgia
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
07:45
quando acordo cedo
- sempre cedo demais -
procuro na retina
resquícios das imagens
que ficaram guardadas
nas lágrimas noturnas
com cuidado e suavemente
toco-as com as pontas dos dedos
para gravar nas minhas digitais
essa vontade incontrolável
de estar perto dos objetos
que se tem sentimento
que é a saudade da cidade,
da rua, da escola e do rio
que ficaram muito distantes
antes que se torne nostalgia
que é apenas contemplação
e saudosismo eternos
- sempre cedo demais -
procuro na retina
resquícios das imagens
que ficaram guardadas
nas lágrimas noturnas
com cuidado e suavemente
toco-as com as pontas dos dedos
para gravar nas minhas digitais
essa vontade incontrolável
de estar perto dos objetos
que se tem sentimento
que é a saudade da cidade,
da rua, da escola e do rio
que ficaram muito distantes
antes que se torne nostalgia
que é apenas contemplação
e saudosismo eternos
Assinar:
Postagens (Atom)