subjetivismo e particularidades
o espelho
a meus filhos,
o que há de vir
e de resto mais
nada
tenho apenas a
água e o barro.
a imagem e a
semelhança, faltam-me.
o próximo
enquanto
escrevo este poema
morre mais um
morador do Vidigal.
na Rocinha, traficante mata policial.
não vou
escrever mais versos
preciso ficar
mais atento
o próximo a
morrer pode ser eu.
os antigos
é quando se tem
diarreia
o que o nosso
país está passando
vai durar
muitas, e muitas gerações.
assim dizia um
ditado muito antigo
os contrários
dito e feito
quando dois
querem
tudo acontece
mesmo.
os contrários
precisam existir
entre si e de
maneira real
para grudar e
se entender.
para o alto
os barcos, na minha infância,
navegavam à céu
aberto.
mar revolto,
nunca vi!
nasci ao pé de
montanhas
no quintal de
casa, galos e varais.
(aguardem os próximos poemas do meu livro eletrônico inédito: "Pequenos poemas")