20 de março de 2009

É pra sempre

Eu sou um velho
Os anos já me curvaram
A minha cidade
Não me conhece mais
O rio que eu me banhava secou
Ninguém presta atenção
Nas minhas palavras.


A minha juventude
Foi amordaçada
Pela ditadura militar
Casei sob a cláusula
De comunhão universal, e pra sempre.

Ah! Eu não sou só velho
Sou poeta e ultrapassado.

2 comentários:

Adriana Godoy disse...

O tempo pode nos deixar marcas, temos que saber como administrá-las. Bonito poema.

Flávia Muniz Cirilo disse...

ô moço!

a largura do tempo é pra caber mais palavras!

bj