18 de março de 2009

Estrangeiro












Foi no fim do verão
Que percebi
O quanto sou estrangeiro.

Fui estrangeiro
Na minha terra natal.
Sou estrangeiro
Nesta terra que vivo hoje.

Quando jovem e indócil
O meu país era ditador.
Agora que tudo
É permitido e válido
Perdi as forças e os ouvidos.
Lá atrás fui refém e carrasco
E agora sou apenas pai e provedor.

Hoje é uma nova estação
E eu continuo estrangeiro.

1 comentários:

Adriana Godoy disse...

Como entendo isso! Profundo!