18 de maio de 2009

Policromos

Este poema é dedicado à poeta, Márcia Sanchez Luz, que posta a sua poesia no blogue: "O Imaginário" http://poemasdemarciasanchezluz.blogspot.com/


Os seus sonetos
Presos à métrica
E à rima desvendam
A policromia da vida
E da poesia.
Parecem inspirados
Nas escolas mais consagradas
Dos mestres cantadores
E dos menestréis palacianos.

Os seus sonetos
Parecem um jardim
Onde as borboletas douradas
Com suas tênues asas
Pousam em pétalas vermelhas.

Os seus sonetos decassílabos
Parecem inspirados
Em seus ancestrais além-mar.
Quem sabe, Cervantes!
Ou, por que não, Verlaine!

Os seus sonetos
Parecem música
De chuva e de vento
Ao mesmo tempo
E têm as cores
Da noite com a lua prateada.

Os seus sonetos
Guardam lembranças
De manhãs claras
De girassóis ao meio-dia
E de pássaros em cantoria.

Os seus sonetos
Não precisam
Falar de mães zelosas
De amores perdidos
E de desejos proibidos
Para revelar as cores
Da vida, da emoção
E do instante.

1 comentários:

Márcia Sanchez Luz disse...

Mauro, você sempre encontra um jeito de me comover!
Este poema está lindo demais e agradeço, do fundo do coração, por mais esta homenagem.

Um abraço

Márcia