Minha vó Filinha
Tinha uma cabeleira
Tão grande e grisalha.
As tardes que ela penteava
Ficavam tão longas e infinitas
Quanto seus próprios cabelos.
Eu ficava, de longe,
Pensando quem tem
Uma cabeleira daquele tamanho
Não morre nunca.
O dia que ela cortou
Os cabelos longos e grisalhos
Chorei outra tarde inteira
Pensando que ela iria morrer.
E ela não morreu, que alegria!
Foi a primeira coisa
Que aprendi de verdade:
A vida é muito mais
Que uma cabeleira.
11 de junho de 2009
Que alegria!
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
10:57
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Que lido, Mauro. Adorei esse poema, se vê nele, nas avós, nos cabelos, no aprendizado da vida. Beijo.
Postar um comentário