13 de julho de 2009

Os sinos

















Os sinos batiam
no alto da igreja.
A cidade acordava.
Não era festa.
Não era enterro.
Era apenas a ladainha
do Salve Rainha.

Era assim a vida da cidade.
Não era longa nem breve.
Apenas as contas de cristal
de um comprido Rosário.

O sonho, tão raro!
O amor, tão certo!
O paraíso, apesar de claro
era coisa para a outra vida.

Era difícil continuar caminhando
por aquelas ruas, praças
e vielas de paralepipedos
onde o profanos e o divino
se tocavam intimamente.
Tudo era apenas as batidas
dos antigos sinos da igreja.

Os sinos batiam novamente
A cidade dormia
E a escuridão invadia...
... a cidade ... o mundo.

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