29 de agosto de 2009
Estrangeiro
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
20:33
Foi no fim do verão
que percebi
o quanto sou estrangeiro.
Fui estrangeiro
na minha terra natal.
Sou estrangeiro
nesta terra que vivo hoje.
Quando jovem e indócil
o meu país era ditador
e agora que tudo
é permitido e válido
perdi as forças e os ouvidos.
Lá atrás fui refém e carrasco
Hoje sou apenas pai e provedor.
Nova estação, novos tempos
e eu continuou estrangeiro.
Have You Ever Seen The Rain?
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
20:13
A distância não faz
Ninguém em alguém
O tempo não afasta
Um grande amor do coração
O coração de um poeta
Mora nas alturas das nuvens
O destino dos homens
Já está escrito nas estrelas.
É por isso que estrelas
Nascem todos os dias.
Ninguém em alguém
O tempo não afasta
Um grande amor do coração
O coração de um poeta
Mora nas alturas das nuvens
O destino dos homens
Já está escrito nas estrelas.
É por isso que estrelas
Nascem todos os dias.
27 de agosto de 2009
E sonho nenhum
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
21:25
Ainda sou um pássaro
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
20:04
ainda vou chegar
onde quero ficar
o resto da minha vida.
ainda sou um pássaro
prenderam minhas asas
mas não aprisionaram meu coração.
vou cantar nas tardes avermelhadas.
mas não aprisionaram meu coração.
vou cantar nas tardes avermelhadas.
ainda vou realizar meus sonhos
que a nenhum outro humano
foi permitido ou concebido.
vou fechar os olhos pra acontecer.
ainda vou deixar minha paixão
sair por aí e embebedar-me
de alegrias e prazeres carnais.
porque nesta vida nada é pra sempre.
26 de agosto de 2009
Um lugar
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
10:23
O deserto é um lugar
Muito difícil de atravessar
Na nossa vida.
Assim como o céu é um lugar
Muito difícil de chegar.
Mas os dois lugares estão dentro
do nosso coração.
Um, a solidão nos acompanha
O outro, a alegria participa
Dessa longa caminhada.
O céu é muito maior que o deserto
E o deserto está sempre muito mais perto
Um nos leva para a eternidade – o sopro
O outro, para insanidade – o barro.
25 de agosto de 2009
Um sono breve
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
17:06

A vida é um sono breve
Que repousa calmamente
Nos braços da alegria
E sonha com os prazeres.
A vida é um tempo bom
Que cada um escreve
A sua própria história
Do começo até o final.
A vida é um abraço prolongado
E afetuoso da alma com o coração
Tentando abraçar o mundo inteiro
Sem despertar o dia ensolarado.
24 de agosto de 2009
15 de agosto de 2009
Ainda sinto saudades
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
20:38
Este poema é dedicado a minha amiga Lídia Rabello
ainda ouço teus passos
naquelas calçadas estreitas
e naquelas noites quentes
da nossa cidade.
ainda ouço ruídos
de coisas antigas
debaixo da árvore
da dama da noite
cheia de flores brancas
e o perfume invadindo a rua.
ainda vejo as estrelas cintilantes
através das lentes dos teus óculos
e os teus olhos brillhando mais
que as manhãs ensolaradas.
ainda sinto o vento batendo meu rosto
na esquina da rua enfrente à tua casa
de imensas janelas e muros caiados.
ainda sei de cor
cada palavra que pronunciavas
cada frase que construías
cada pensamento que expressavas.
ainda guardo dentro do meu coração
cada pulsação da tua emoção.
ainda cultivo a plantinha
(que poucos chamam de amizade)
e que nasceu, lá no passado,
mas, que ainda hoje penso, rego
e sinto muita falta.
Estrada de ferro abandonada
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
19:03
12 de agosto de 2009
Na boca do forno
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
11:30
minha avó Filinha
não tinha voz de anjo
e muito menos ficava
bordando longas passadeiras
ou panos de prato coloridos.
ficava, sim, na boca do forno
assando brevidades
cozinhando broas de fubá
sovando pães de batata
e enchendo a dispensa
de doces e iguarias.
minha avó fazia o tempo voar
na fumaça da chaminé.
não tinha voz de anjo
e muito menos ficava
bordando longas passadeiras
ou panos de prato coloridos.
ficava, sim, na boca do forno
assando brevidades
cozinhando broas de fubá
sovando pães de batata
e enchendo a dispensa
de doces e iguarias.
minha avó fazia o tempo voar
na fumaça da chaminé.
11 de agosto de 2009
Todo dia
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
10:50
7 de agosto de 2009
Quem tem o amor
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
18:40
Quem tem o amor no coração
tem o tempo nas mãos
porque são os raios do sol
que despertam o dia
que descansa sobre as nuvens
e é o cheiro de mel que atrai a abelha
que visita todos dias os jardins floridos.
Quem tem o amor no coração
move com os lábios a sombra
que anuncia a noite que se aproxima.
Quem tem o amor no coração
tem nos lábios a maciez do linho
que se extrai dos campos orvalhados.
Quem tem o amor no coração
caminha a passos largos
por caminhos que os anjos
projetaram com as suas asas.
Quem tem o amor no coração
desata com os dedos os nós
que a vida insiste em fazer
nos dias turvos e chuvosos.
Quem tem o amor no coração
sabe que tudo mais é passageiro
porque a fonte do amor é a eternidade.
tem o tempo nas mãos
porque são os raios do sol
que despertam o dia
que descansa sobre as nuvens
e é o cheiro de mel que atrai a abelha
que visita todos dias os jardins floridos.
Quem tem o amor no coração
move com os lábios a sombra
que anuncia a noite que se aproxima.
Quem tem o amor no coração
tem nos lábios a maciez do linho
que se extrai dos campos orvalhados.
Quem tem o amor no coração
caminha a passos largos
por caminhos que os anjos
projetaram com as suas asas.
Quem tem o amor no coração
desata com os dedos os nós
que a vida insiste em fazer
nos dias turvos e chuvosos.
Quem tem o amor no coração
sabe que tudo mais é passageiro
porque a fonte do amor é a eternidade.
5 de agosto de 2009
Haicais
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
09:24
enquanto durmo
o bicho pega
e a vida passa
não cabem nos meus olhos
as luzes e os sabores
dos beijos da tua boca
4 de agosto de 2009
Yellow
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
11:45
A sua voz é tão suave
Que posso ouvir
Nas minhas lembranças
Mais remotas e tardias.
O seu tom é tão agradável
Que parece
Uma pedra incrustada
No meu corpo frágil.
O seu grito é tão silencioso
Que posso escutar
Do outro lado
Dessa cidade tão montanhosa.
Que posso ouvir
Nas minhas lembranças
Mais remotas e tardias.
O seu tom é tão agradável
Que parece
Uma pedra incrustada
No meu corpo frágil.
O seu grito é tão silencioso
Que posso escutar
Do outro lado
Dessa cidade tão montanhosa.
Assinar:
Postagens (Atom)