15 de agosto de 2009

Ainda sinto saudades

Este poema é dedicado a minha amiga Lídia Rabello



ainda ouço teus passos
naquelas calçadas estreitas
e naquelas noites quentes
da nossa cidade.


ainda ouço ruídos
de coisas antigas
debaixo da árvore
da dama da noite
cheia de flores brancas
e o perfume invadindo a rua.


ainda vejo as estrelas cintilantes
através das lentes dos teus óculos
e os teus olhos brillhando mais
que as manhãs ensolaradas.


ainda sinto o vento batendo meu rosto
na esquina da rua enfrente à tua casa
de imensas janelas e muros caiados.


ainda sei de cor
cada palavra que pronunciavas
cada frase que construías
cada pensamento que expressavas.


ainda guardo dentro do meu coração
cada pulsação da tua emoção.


ainda cultivo a plantinha
(que poucos chamam de amizade)
e que nasceu, lá no passado,
mas, que ainda hoje penso, rego
e sinto muita falta.

0 comentários: