à poetisa Sílvia Rubião Resende

Das montanhas de Minas
extrai-se o manganês
para apurar o ferro
e separar o aço.
O fogo e o ar fazem a têmpera.
Das entranhas da terra
brotam as águas cristalinas
que correm para o mar.
Mas é no coração das gentes mineiras
que oxida a palavra indecifrável,
o verso quase garimpado
e o poema há muito tempo guardado.
A chuva não interrompe.
O sol escaldante não paralisa
e o tempo não esconde.
Porque o poeta é a brisa ao amanhecer,
o brilho e a luz ao entardecer.
24/8/2005
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