Para o Carlos de Brito e Mello
A passagem tensa é um entroncamento
entre a morte de cada dia
(que atravessa as cidades)
e o cair da noite (ainda que tardia)
nas terras montanhosas das Gerais.
O narrador lembra de suas mortes
e os corpos como véus da noite
que entrelaçam os topônimos,
os restos e os significados.
E termina a narrativa
como uma memória coletiva.
Os mortos são metáforas
das crenças e descrenças
de um povo perdido
na curva de um tempo indefinido.
5 comentários:
Mauro, li todos os poemas que não tinha lido e me encantei com cada um deles. Esse último é bem mineiro mesmo e gosto disso. Parabéns pela qualidade de seus poemas. Beijo.
Malupa, você é muito querido mesmo. Beijo no coração, da Cá.
Mauro, este poema é lindo. Ele encerra imagens fantásticas.
Parabéns e obrigada pela partilha!
Abraços
Márcia
Adorei...muito lindo mesmo
Muito bom o texto, Mauro. Bem escrito e reflexivo.
Abraços.
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