os solitários não sabem
dos ventos.
os tristes não sabem
das ondas.
os infelizes não sabem
das estradas.
os ventos espantam
os cavalos livres pelas campinas.
as ondas conduzem
as espumas que invadem as praias.
as estradas atravessam
as distâncias dos campos floridos.
ninguém fere as sombras
nem enterra o presente
nem abafa os ecos.
só os esperançosos e pacientes
enxergam o além dos aléns.
quanto mais se caminha
mais distância se percorre.
tudo nesta vida é tão deserto
metade fica do lado de cá
e a outra metade não fica perto.
27 de abril de 2010
O além dos aléns
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
13:37
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1 comentários:
e a vida parece assim...sabemos um
pouco dela!...prontos para o aprendizado sempre...suas palavras são sábias...belo poema,mauro!
bj
taniamariza
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