10 de junho de 2010

Navegar, não é nada preciso

Ana Martins Marques, seus versos não têm ritmos poéticos,
mas é um mar de inquietação e uma eterna espera de ulisses/ausências


mesmo que eu bebesse
toda água salgada
dos mares e dos oceanos
não chegaria ao fundo
dos sentidos e da linguagem
da "vida submarina"
os versos não têm ritmos
nem rimas poéticas;
a pulsação vem do ventre
e de uma incrível equação
do coração e da alma feminina.
parece “um livro mineral
com a atenção dividida entre o céu e as letras,”
e navegar nas suas páginas/águas
não foi nada preciso e suave.

3 comentários:

Salazar disse...

Prezado Mauro,

Ao ler o Vida Submarina também bateu em mim uma sensação do "nada preciso e suave". Diferentemente da minha percepção da autora que passa uma sensação de muito precisa e , imensamente, suave.

Um abraço rosa/atleticano (aqui rimou, não rimou?) para vc.

Adriana Godoy disse...

Mauro, conheço a Aninha desde quando ela era pequena. E sempre foi um prodígio na arte de escrever. Esse livro é uma pérola, tenho na minha cabeceira. Nem sempre é possível navegar em águas calmas...Beijo.

Anônimo disse...

É verdade, Mauro. A pulsação vem do ventre! Parabéns pelo poema. Abraços, Marina Toledo.