os meus pés ainda
cheiram os lírios que eu pisava
na minha infância.
ainda tenho os braços molhados
pelas águas do rio
que banha as montanhas
da minha terra.
ainda me recordo dos caminhos
que as borboletas percorriam
pelo jardim da Praça da Matriz.
ainda sinto o vento
bater no meu rosto
quando descia o morro
pedalando a minha bicicleta
e deixava para trás
a poeira da terra vermelha.
os meus pulmões ainda
respiram o ar puro daqueles campos
e as lembranças da infância
que o tempo não apaga
nem a distância consome
o cheiro de lírios que guardo
na minha alma e no meu coração.
1 comentários:
Mauro, suas memórias são também um pouco minhas, obrigada por descrevê-las com tamanha poesia...
Sua irmã,
Gracinha
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