não ouso
transfigurar nada
porque ainda me nutro
das folhas que o vento
insiste em derrubar
das árvores.
ainda guardo nos olhos
as cores das flores
do jardim da infância.
ainda atiro pedras
sobre o espelho
d'água do rio Doce.
ainda ouço os sinos
da igreja Matriz
despertando os homens
e os arcanjos.
ainda danço a sinfonia
selvagem das pétalas
e das noites escuras.
ainda tenho na boca
o gosto dos bolos
das barraquinhas de maio.
28 de outubro de 2010
ainda...
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
08:16
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Lindo, Mauro!
Memória é algo que nos constitui, nos olhos, na boca, corre nas veias, viva. Para sempre ainda.
Ainda bem! rs
Beijos
Postar um comentário