2 de novembro de 2010

não preciso de asas


hoje sou um homem
sozinho
à beira de um rio.

vejo o sol se pôr
atrás da montanha
ouço os pássaros
atrás da cerca viva
de hibiscos vermelhos
parecendo laternas suspensas
guardo na alma
segredos e mistérios,
solidão e distâncias,
silêncio e canções.

hoje eu sei
que todos os grãos de areia
sonham com as estrelas do céu.

hoje eu sei
que não preciso de asas
para chegar ao paraíso.

3 comentários:

Márcia Sanchez Luz disse...

"guardo na alma
segredos e mistérios,
solidão e distâncias,
silêncio e canções.
"

Que belo poema, Mauro! De fato, não precisamos de asas para chegar ao paraíso...

Abraços

Márcia

Adriana Godoy disse...

Que bonito esse poema, Mauro. Talvez, a aposentadoria sirva para que se possa melhor sentir o que está a nossa volta.


Li os outros poemas que não conhecia e vc está de parabéns.bj

Anônimo disse...

Mauro,

Lindo poema. A gente, tantas vezes, se apega a bobagens, sendo que a felicidade está nas coisas mais simples, não é verdade?

Abraço.

Thiago (da Assembleia)