A mesa posta,
minha mãe,
chamava a família
para o almoço.
Cada um guardava
os seus medos e brinquedos.
Ninguém se sentava
na cabeceira da mesa.
Meu pai, do outro lado
da mesa, se servia primeiro
e dizia pra ninguém encher o prato
porque é falta de educação;
repetir, pode;
mas encher o prato, não!
Depois os meus irmãos mais velhos;
a minha irmã mais nova,
com uma boneca de pano,
brincava de comer arroz com feijão.
E eu, do outro lado da mesa,
via minha avó enrolar a cabeleira
aguardando a sua vez.
27 de novembro de 2011
A cabeleira da minha avó
Postado por
Mauro Lúcio de Paula
às
13:18
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2 comentários:
Que saudade IMENSA da minha avó.
Ainda bem que,
agora há pouco,
eu a vi num sonho! : )
Grande abraço,
Doce de Lira
Mauro,
A mesa de refeições sempre nos traz boas lembranças. Além de alimentarmos o corpo, é lá que alimentamos a alma, nas conversas que vão e voltam e partem de novo e retornam, costurando as amizades, os relacionamentos e amor. Adorei. Patricia Duarte
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