3 de maio de 2012

a casa


guardo na memória
o silêncio do quarto
onde nasci
mas tempos e distâncias
insistem em devorar
minhas lembranças
dos dias claros e felizes
que me embalaram
na casa amarela da esquina

as janelas estão entreabertas
e os corredores silenciosos
estão sempre me dizendo
que só descansarei de verdade
na próxima morada

1 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Que bonito, Mauro!

A casa da nossa infância
parece, de fato,
falar conosco...

Abraço,
Doce de Lira