10 de julho de 2012

Memória


A memória é uma faca
afiada,
que corta a nossa alma,
penetra e mata como uma bala
perdida.

Cada segundo perdura
como a interminável eternidade
enclausurando silêncios,
prenúncios e palavras.

A memória é uma luz
fugaz,
que penetra como chama reluzente
nos olhos e nas lágrimas
dilacerando a visão e a ternura.

A memória é uma estrada
projetada,
que traça o destino
de quem vai pela manhã
e não volta ao entardecer.

1 comentários:

Adriana Godoy disse...

Mauro, a memória às vezes nos engana. bonito seu poema.
Abraço