esquece que a noite enfadonha
vem sorrateiramente e apaga a claridade do dia
nada detém a fúria do tempo
é como a relva [do campo]
vem a foice, ceifa;
vem o vento forte, espalha;
vem o homem, amontoa;
vem o fogo, queima
quem conta os meses pelas fases da lua
corre sério risco de confundir
um semi-círculo com a parte convexa
entre duas fases iguais consecutivas
quem conta os anos pela distância
da terra em relação ao sol
transforma toda a sua existência
num calendário antigo de parede
1 comentários:
Muito interessante e reflexivo seu poema. Abraços!!
Postar um comentário