13 de janeiro de 2013

Beiral



 Este poema ficou entre os sete escolhidos, no Concurso Literário
Yoshio Takemoto,
tema livre, na categoria Poesia em Língua Portuguesa (publicação acima)

Da janela avisto
O rio que me banhou
Enquanto lá longe,
Fora do meu alcance.
Ouço o silêncio da rua asfaltada
E percebo o vazio que ronda os transeuntes.

Esse rio que corre dentro de mim
Corre sempre para o mesmo lugar.

Antes de nascer já conhecia o caminho
Fui escolhido para resgatar distância
E escutar a algazarra das crianças
Jogando bola no terreno baldio.

Do beiral da janela
A brisa alvissareira
Carrega os meus desejos
Nas asas soltas dos pássaros.

2 comentários:

Sinval Rocha disse...

Mauro, parabéns pelo prêmio. Mais do que merecido. Continuo lendo e gostando do que você faz. Abração.

Lalá disse...

Parabéns, Mauríssimo!