8 de julho de 2013

cotidiano



não escrevo sobre o absurdo
nem sobre o impossível
minha poesia fala do rio
da esquina, da rua e da saudade

não escrevo sobre a miragem
nem sobre o intrépido
meus versos são claros,
simples, breves e possíveis

não escrevo sobre as invenções
nem sobre o inevitável futuro
minha escrita sussurra baixinho
as experiências vividas no passado

eu estou sempre falando
sobre o durante que é eterno
e sobre o agora que eterniza
os instantes vividos no cotidiano

1 comentários:

angela leite disse...

Muito bom, Mauro!