8 de novembro de 2013

a espera

de onde eu vim
nada tem começo
nem fim
a estrada de ferro
passa no meio
traz quem fica
e leva quem vai embora
na minha cidade
hoje sou forasteiro


depois de tantos anos
a saudade faz de mim
uma bala de canhão sem estopim
vi muita coisa neste mundo
que não cabe no meu coração
vivo solitário à beira do cais
esperando o navio atracar

0 comentários: