13 de março de 2014

entardecer

aos meus contemporâneos do Colégio Libermann


"Não é por deixarmos de ver as coisas que deixamos de as sentir" (máxima Umbundu)


as fotos antigas postadas
é como velho baú,
um diário de chave perdida,
folhas amarelecidas pelo tempo:
o trote, o desfile, a formatura,
uma a uma, segredos, desejos e distâncias.

os anos passaram sim!
os receios são abjacentes às dores e às incertezas atemporais.

as recordações dos bancos do colégio
e das chuvas no verão acalentam
corpos cansados, desventuras e cabelos brancos.

o som do vinil... as discotecas... os bailes...
são passos arrastados... sonhos acordados... pedaços de vida...

É sempre preciso entardecer para nascer de novo.

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