as coisas mais preciosas
guardei dentro de mim:
corri atrás de pássaros
prendi entre os dedos borboletas azuis
soltei enormes papagaios coloridos
joguei amarelinha e biroscas de vidro
banhei nas águas de um rio barrento e doce
vi bois e boiadas estourarem nas ruas
hoje, meus olhos cansados, viraram deserto
vivo em solo morto e memória fraca
hoje, não invento mais nomes,
nem consigo forjar lembranças daquilo que não fui
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