23 de abril de 2014

Bons tempos

nas tardes quentes de verão,
colhia frutas maduras no pé,
na fazenda da dona eulina;
à noite, à beira do rio doce,
contava as estrelas do céu
e, nas manhãs, bem cedinho,
pegava a bicicleta “monarc”
para comprar pão na padaria
do seu oscar e da dona marta.

tudo era tão certo e contado,
como dois mais dois são cinco
de uma velha canção da época,
nada saía dos trilhos ou da trilha
que levava para a rua da pedra,
nos jardins da praça da matriz
desfilavam as moças e os rapazes
à procura de seus pares e amores,
parecia sempre fácil e bem simples.

Hoje, relembrando esses bons tempos,
sou apenas uma pausa entre a canção
e o silêncio que antecede a espera
de um momento e de uma enorme saudade.

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