29 de setembro de 2008

Machado de Assis – o tropel de um cronista

Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839 e faleceu no dia 29 de setembro de 1908. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentará o autodidata Machado de Assis.

De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco de sua infância e início da juventude. Criado no morro do Livramento, consta que ajudava a missa na igreja da Lampadosa.


Hoje é o centenário de morte desse grande escritor brasileiro. (Na última lista dos 100 escritores mais lidos do mundo, Machado de Assis está no 43º lugar). Eu não poderia deixar de fazer uma homenagem ao escritor que me fez compahia desde a infância com seus romances que mais parecem uma crônica:















A obra desse viajor argonauta
Transcende a história provinciana
Desvenda com clareza augusta
Os desvios de uma corte leviana.

Uma figura dócil e apocalíptica
Que sem qualquer traço divino
Levava em seu dorso mulato
As revelações frívolas e dogmáticas.

Sol erguido sobre uma constelação
De personagens cheios de ignomínias,
Sonhos torpes, luxúrias e traição.

Descreveu com toda maestria e vigor
A cidade que era o símbolo da derrocada
De uma sociedade em plena transformação.

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