20 de agosto de 2010

Ainda acredito
















ainda acredito
que pode haver
felicidade
sem que se precise
morrer.

ainda acredito
que do outro lado
do muro
tem um jardim
florido.

ainda acredito
que não é preciso
de um barco
para atravessar
o mar, basta vento a favor.

ainda acredito
que as horas
continuam passando
devagar
e mesmo sem asas
posso voar.

ainda acredito
posso acalmar a ventania
que ameaça as noites
escuras da minha vida.

ainda acredito
que posso escrever
a minha história
antes do ponto final
e ainda posso colocar muitas vírgulas.

2 comentários:

Unknown disse...

Mauro Lúcio!

É bom pensar assim. Enquanto há vida, há esperança e tempo para as vírgulas necessárias e as pausas imprevistas.

Bonito!

Abraços

Mirze

Salazar disse...

Olá poeta Mauro!!

Cá estou, novamente, a navegar pelo seu seu Vale das Palavras.

O poema Ainda Acredito veio como uma luva para eu encaminhar para um colega nosso que anda não acreditando muito.

Depois quero ouvir de vc o porquê do "AINDA".

Quando li o texto pela 2ª vez eu troquei o ainda por "EU".

Um abraço rosa/atleticano para vc.

Salazar.