27 de janeiro de 2011

Soneto II


A obra desse viajor argonauta
Transcende a história provinciana
Desvenda com clareza augusta
Os desvios de uma corte leviana.

Uma figura dócil e apocalíptica
Que sem qualquer traço divino
Levava em seu dorso mulato
As revelações frívolas e dogmáticas.

Sol erguido sobre uma constelação
De personagens cheios de ignomínias,
Sonhos torpes, luxúrias e traição.

Descreveu com toda maestria e vigor
A cidade que era o símbolo da derrocada
De uma sociedade em plena transformação.

1 comentários:

Unknown disse...

Belo soneto em homenagem ao mestre!

Beijos

Mirze